MP Lafer

Olá amigos do Carros Raros!

Depois de uma parada repentina de quase 2 semanas voltamos as nossas atividades. E voltamos em grande estilo a bordo de um MP Lafer:

MP Lafer original paint 2[2]MP Lafer original paint 1[1]     O modelo das fotos está bem impecável e ainda contava com um terceiro farol de milha central direcionável! Esse e muitos outros chamados de “Fora-de-Série” eram a opção para quem gostaria de ter um carro exclusivo mas não podia ter um importado, já que naquela época era praticamente proibido importar qualquer coisa! Em breve falaremos sobre esse assunto.

Breve histórico do MP Lafer:

A idéia de fazer o MP veio da união da paixão de um funcionário da indústria de móveis Lafer pelo modelo inglês MG TD 1952 com a visão de Percival Lafer, o dono da fábrica de móveis que leva seu sobrenome. Era o início dos anos 70 e as réplicas começavam a fazer sucesso nos Estados Unidos. O plano inicial era fazer um modelo para exportação, sendo que a condição era a de que pudesse ser montado sobre o chassi do Fusca.

Projetar a carroceria de fibra para a plataforma VW não seria problema, uma vez que o entre eixos do MG é praticamente o mesmo do Fusca. Além disso, a Lafer já tinha bastante know-how na laminação de fibra de vidro, usada na confecção de alguns de seus produtos.

Da idéia, em 1971, à produção, em 1974, seis protótipos foram feitos. Antes, porém, o carro já havia sido apresentado no Salão do Automóvel de 1972, onde, apesar da discrição do estande, foi um dos destaques da mostra.

Da linha de montagem saía, em média, um carro por dia, chegando a dois entre os anos de 1984 e 1986. Autorizado pela MG inglesa e com garantia VW, o carro caiu nas graças de celebridades como Jô Soares, Clodovil, Elis Regina, Sonia Braga - e também de gente menos famosa, mas igualmente formadora de opinião. Havia chegado em boa hora. Em 1976, pouco depois do seu aparecimento, os portos brasileiros se fecharam para a importação de carros. Ainda bem para a Lafer, pois os planos iniciais de Lafer de voltar a produção para exportar para o mercado americano não vingou, por dois motivos. Pelas normas locais, o carro teria de ser submetido a um crash-test, um ensaio de alto custo que inviabilizaria a operação. Mas antes disso o motor VW refrigerado a ar levaria uma sonora bomba no teste de emissões.

O MP pouco mudou ao longo de sua existência. A principal alteração aconteceu na fase inicial. O carro originalmente teria portas tipo suicida, como o MG. Mas essa idéia não sobreviveu à fase de protótipo. No visual, ganhou detalhes de acabamento e lanternas traseiras próprias (nos dois primeiros anos elas eram emprestadas do Fuscão). Na mecânica, o motor 1500 de estréia foi trocado pelo 1600 com carburação dupla.

Em 1979 foi lançado o TI, a versão "esportiva" do MP. Desprovida de cromados (a elegante grade dianteira, sua marca registrada, era pintada na cor do carro), a réplica conseguia a proeza de usar um estilo dos anos 70 para incrementar um carro dos anos 50. Ficou estranho.

Como seria de supor, o MP podia ser surpreendente em vários aspectos, desde que o assunto não fosse desempenho. Coerente com o visual, nesse aspecto ele também era fiel ao MG original, que tinha motor de 1250 cm3 e 55 cavalos. No teste publicado na edição de março de 1976, o MP já equipado com motor 1600 com carburação dupla da Brasília acelerou de 0 a 100 km/h em 18,8 segundos e ficou nos 129 km/h de máxima.

No MP, assim como em todo roadster, os passageiros se sentam deslocados para trás. Mas, pelo fato de o motor ser traseiro, há maior concentração de peso na porção posterior. O tanque de combustível, que fica na dianteira, quando cheio, melhora o equilíbrio, que não chega a comprometer a dirigibilidade, conforme relatam os testes publicados em QUATRO RODAS. Aliás, o bocal do tanque localizado sobre o radiador causava estranheza nos frentistas menos avisados.

O MP Lafer foi produzido até 1988, mas alguns exemplares ainda foram comercializados no ano de 1990. Ao longo de 15 anos foram feitos cerca de 4300 unidades. Por volta de 1300 foram exportadas para os Estados Unidos, Europa e Oriente Médio.

Ficha Técnica:

Motor:

traseiro, a ar, 4 cilindros opostos, 1584 cm3, carburador duplo

Potência:

65 cv a 4600 RPM

Torque máximo:

13 mkgf a 3000 RPM

Taxa de compressão:

7,2:1

Diâmetro x curso:

85,5 x 69 mm

Câmbio:

manual de 4 marchas, tração traseira

Carroceria:

fibra de vidro

Dimensões:

comprimento, 391 cm; largura, 157 cm; altura, 135 cm; entre eixos, 240 cm

Peso:

776 quilos

Suspensão:

Dianteira: independente, barras de torção e amortecedores.
Traseira: independente, semi-eixos oscilantes e barras de torção e amortecedores

Freios:

disco na dianteira e tambor na traseira

Direção:

setor e rosca sem-fim

 

Curiosidades:

Em 1979 um dos filmes da saga “007”, mais precisamente o filme “007 Contra o Foguete da Morte”, teve cenas gravadas na cidade do Rio de Janeiro, e em uma cena aparece uma bela morena dirigindo um MP Lafer branco pérola na orla. Segundo alguns entusiastas da marca, essa foi a alavanca que fez com que o modelo fosse exportado para muitas partes do mundo, em especial os Estados Unidos e Europa. Recentemente a GE FABBRI, juntamente com a Panini Brasil, estão trazendo ao mercado uma série com fascículos e miniaturas dos carros que foram destaque em todos os filmes de James Bond e cia. e para nossa surpresa há o MP Lafer branco lá também! confira as fotos

MP Laffer 007[1]MP Laffer 007 mini (2)[2]MP Laffer 007 mini (1)[1]

Para mais informações sobre como adquirir esses fascículos visite o site oficial.

Fontes:                                                                                                                                      JamesBondCars.Com.Br, Revista Quatro Rodas, MpLafer.Com , MpLafer.Net

Fotos: Kiko Molinari Originals®, Igmar Porrey e Divulgação

Edição: Kiko Molinari Originals®

Colaborou com este artigo: Juliana Mendes

2 Response to MP Lafer

17 de abril de 2010 às 18:58

o meu pai gosta do mp lafer, mas outra réplica boa do mg td era o avallone, com mecânica do chevette... a propósito: antes de falecer, o antônio carlos avallone chegou a pensar em retomar a produção do modelo, mas usando motor de corsa 1.0 para aproveitar benefícios fiscais...

17 de abril de 2010 às 20:13

Dessa eu não sabia !!! O.o*

Abraços

ass
Kiko Molinari

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